quinta-feira, 10 de julho de 2025

Dialogista 3ªediçao - Nós e os outros, e como nos entendermos.

Quando refletimos no nosso vocabulário com terceiros questiono-me, será que utilizo o melhor vocabulário sem ofender e procuro fazer-me entender?

Ou serei arrastado por situações pontuais ou opiniões pessoais que podem levar-me a ser incorreto meu interlocutor?

Muitas vezes e sem dar conta, vamos replicando esta falta de empatia na comunicação no nosso dia a dia.

Até que ponto, somos capazes de refletir nas palavras que dizemos, palavras essas com conteúdos muitas vezes carregados de boas intenções, mas que apenas ofendem?

É verdade que a maioria das pessoas acaba empurrada pela ignorância e atropela o outro, pois acredita que está apenas a partilhar a sua opinião.

Até que ponto a nossa cultura ou valores pessoais respeita o outro?

Exigimos que nos tratem o melhor possível e acabamos muitas vezes, por fazer aquilo que não gostamos que nos façam! Utilizar as palavras certas é um dever e um direito, não esqueçamos que ao respeitar as diferenças do outro, estamos a fazer com que também nos respeitem...

Tenho a consciência que ao longo dos tempos algumas questões foram limadas, sublimadas, de forma a procurar serem mais corretas e inclusivas, mas ainda existe um longo caminho percorrer não adianta usar palavra mais correta do mundo, se não mudarmos as nossas atitudes, a nossa forma de estar.

Que adianta usar uma palavra politicamente correta, mas continuar com atitudes de desrespeito?

É uma grande hipocrisia, não acham!?

Que adianta dizer cidadão com deficiência o cidadão com diversidade funcional e continuarem a não alterar edifícios, legislação virgula formas de estar! Que adianta usar palavras inclusivas e depois continuar a olhar para o lado?

Poupem me!

Temos ferramentas suficientes para entender que as diferenças de todos, não podem nem devem colidir com aquilo que impomos, depois não queremos que tenham o mesmo comportamento para connosco. Mais do que palavras bonitas, precisamos de atitudes corretas, justas e que nos façam sentir dignos! E não estou apenas a falar das pessoas com deficiência ou, mas de todas as pessoas e grupos que sentem na pele esta “discriminação positiva”.

Que se esclareça que não sou contra as palavras politicamente corretas (estou um gentleman!), apenas creio que se deve evitar os exageros, pois acredito que esta diversidade faz de nós um puzzle que nos auxilia a ser um pouco mais felizes, porque nos completamos...


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